
A revolução digital transformou a forma como vivemos, com mais de 480 milhões de dispositivos digitais em uso no Brasil – uma média de 2,2 aparelhos por pessoa, segundo a FGV. As telas dominam nosso cotidiano, oferecendo um fluxo infinito de informações. Porém, também gerando desafios para nossa saúde mental.
Em entrevista à TVT News, o psiquiatra Pedro Pan, especialista do Instituto em Saúde Mental, alerta sobre os impactos do excesso de telas no cérebro:
“Fomos evoluindo como sociedade, assumindo muitas tarefas ao mesmo tempo. Mas o cérebro não conseguiu acompanhar toda essa demanda que a tecnologia trouxe.”
Os Perigos das Telas na Primeira Infância
Dados do Cetic revelam que 44% das crianças de 0 a 2 anos já têm acesso à internet. Dados do Cetic mostram que 44% das crianças de 0 a 2 anos já têm acesso à internet. Ou seja, um número que revela não apenas a disseminação dos dispositivos, mas também a dificuldade das famílias em estabelecer limites saudáveis para essa faixa etária tão sensível.
Em primeiro lugar, é importante lembrar que a primeira infância é um período crucial para o desenvolvimento cognitivo, motor, emocional e social. Sendo assim, a exposição precoce às telas pode interferir justamente nas experiências que estimulam essas áreas. Ou seja, como o brincar livre, a interação com adultos e a exploração do ambiente. Quando a tecnologia substitui esses estímulos, o desenvolvimento global da criança pode ser prejudicado.
Além disso, o psiquiatra Pedro Pan reforça que a arquitetura das plataformas digitais é pensada para capturar e manter a atenção. Mesmo quando isso contraria as necessidades de desenvolvimento infantil. Segundo ele:
“As plataformas são projetadas para viciar. O modelo de negócio delas é o engajamento, e isso custa nossa atenção e saúde mental.”
Assim, discutir os perigos das telas na primeira infância não é apenas alertar sobre riscos imediatos — é também promover práticas mais saudáveis de convivência digital, garantindo que o uso da tecnologia aconteça de forma equilibrada e alinhada às necessidades reais do desenvolvimento infantil.
O psiquiatra Pedro Pan destaca que a exposição precoce pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo e emocional.
Como as Telas Afetam Jovens e Adultos?
– Redução da concentração: A fragmentação de conteúdo dificulta a formação de memórias sólidas.
– Ansiedade e dependência: Casos como o do estudante Leonardo Ramos, que chegou a passar 14 horas por dia no celular, mostram como o vício em telas prejudica a produtividade.
– Impacto nas escolas: A nova lei que proíbe celulares em salas de aula busca combater a distração. Porém, muitos jovens, como Isabella Gobbo, ainda lutam para equilibrar o uso após as aulas.
É Possível Uma Relação Saudável?
Segundo Pedro Pan, o segredo está no equilíbrio:
– Limitar o tempo de uso, especialmente entre crianças.
– Priorizar interações sociais e atividades offline.
– Conscientização sobre os mecanismos de vício das redes sociais.
Ou seja, a discussão sobre telas e saúde mental está só começando. Portanto, enquanto a tecnologia avança, especialistas como Pedro Pan reforçam a necessidade de usá-la com moderação.
Quer saber mais sobre os efeitos das telas? Acompanhe a matéria completa e os insights do psiquiatra Pedro Pan no Caminhos da Reportagem.







