Caminhos e boas práticas para promoção da saúde mental na escola

Durante a infância e a adolescência, o desenvolvimento emocional está em constante construção. Nesse período, é comum que crianças e jovens enfrentem desafios para reconhecer, compreender e lidar com as próprias emoções. Por isso, a promoção da saúde mental nas escolas torna-se essencial, já que ela estimula o aprendizado sobre como identificar, diferenciar e expressar sentimentos.

Ao mesmo tempo, o ambiente escolar exerce função estratégica na formação integral de crianças e adolescentes, pois é nele que se constroem vínculos, aprendizados e valores. Assim, investir em práticas de prevenção, acolhimento e educação emocional significa preparar uma geração mais consciente, empática e capaz de enfrentar os desafios contemporâneos com equilíbrio e sensibilidade.

Nesse cenário, o educador assume um papel central. Afinal, é ele quem está em contato diário com os alunos. Desta forma, consegue perceber nuances de comportamento e sinais que muitas vezes passam despercebidos em outros contextos.

Como ressalta o psiquiatra e presidente do Instituto Ame sua Mente, Rodrigo Bressan: “O professor é um dos profissionais que mais entende de crianças e jovens, pois está muito perto deles no dia a dia. Ao dar informações corretas para que esse educador possa agir, você o empodera.”

 

Boas práticas para a promoção da saúde mental nas escolas

Assim, com o objetivo de apoiar escolas e educadores na construção de ambientes mais acolhedores e emocionalmente saudáveis, reunimos algumas orientações práticas:

 

  • Monitoramento do clima escolar

É importante observar com atenção os espaços onde há maior ocorrência de conflitos, tensões ou comportamentos disruptivos. Esses locais indicam a necessidade de cuidado e de ações direcionadas. Deste modo, o monitoramento constante do clima escolar permite identificar fragilidades e implementar intervenções mais eficazes.

 

  • Capacitação e encaminhamento

Da mesma forma, é essencial oferecer orientações a gestores e educadores para que saibam identificar sinais de sofrimento emocional nos estudantes, bem como, realizar encaminhamentos adequados. Para apoiar esse processo, o Instituto Ame sua Mente desenvolveu o Protocolo de Encaminhamento, uma ferramenta que facilita a interação entre a escola e os serviços especializados em saúde mental.

 

  • Parceria com as famílias

A participação das famílias é outro pilar fundamental. É preciso fortalecer o diálogo entre pais, responsáveis e educadores, criando um ambiente de confiança e corresponsabilidade. Nesse sentido, o cuidado e o acolhimento devem ser conjuntos, garantindo que a criança ou jovem receba o suporte necessário para seu desenvolvimento emocional.

 

  • Comunicação não violenta (CNV)

A adoção de práticas de comunicação não violenta contribui para construção de relações mais respeitosas e empáticas. Essa abordagem propõe escuta ativa e expressão consciente, favorecendo a compreensão das necessidades que motivam cada comportamento. Assim, a CNV ajuda a criar espaços de diálogo e de cooperação.

 

  • Respiração e mindfulness

Incluir momentos de pausa, respiração consciente e práticas de atenção plena no cotidiano escolar é uma estratégia simples e eficaz. Essas atividades ajudam a restaurar o equilíbrio emocional e a reduzir o estresse, promovendo maior concentração e bem-estar.

 

  • Desenvolvimento socioemocional

Por fim, investir no desenvolvimento de competências socioemocionais — como, por exemplo, empatia, autoconhecimento e autorregulação — é indispensável. Tais habilidades fortalecem os vínculos, estimulam a convivência e reduzem fatores de risco associados à saúde mental.

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