
No Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, dados alarmantes revelam que mais de 10% dos estudantes brasileiros já sofreram algum tipo de violência escolar. Isso representa mais de 6,5 milhões de crianças e adolescentes afetados por bullying e cyberbullying. Porém, esses números podem ser ainda maiores devido à subnotificação.
A psicóloga Ana Carolina D’Agostini, especialista do Instituto Ame Sua Mente, participou de uma matéria na TVT News para discutir os impactos do bullying na saúde mental e estratégias de prevenção. Veja, segundo ela:
“Estamos falando de sofrimento real, que afeta o rendimento escolar, a autoestima. E pode gerar quadros graves de depressão e ansiedade.”
Porque é tão importante falar do Dia Nacional de combate ao Bullying?
O bullying é uma violência persistente e sistemática, que vai além de um conflito pontual. Sendo assim, ele pode se manifestar por meio de:
– Agressões físicas
– Humilhações verbais
– Exclusão social
– Cyberbullying
Em 2023, o Código Penal passou a tipificar o bullying como intimidação sistemática. Portanto, as penas podem chegar a 4 anos de prisão em casos de cyberbullying.
Sendo assim, falar sobre bullying mais do que denunciar agressões. É construir uma cultura de respeito, fortalecer políticas de prevenção. Além disso, apoiar educadores e criar espaços seguros para que crianças e adolescentes possam se desenvolver plenamente. Significa também romper com a lógica da naturalização e ideias, como: “é só brincadeira”, “todo mundo passa por isso” ou “faz parte da infância”.
É por isso que o Dia Nacional de Combate ao Bullying é tão importante. Ele funciona como um lembrete anual da urgência desse debate, mobiliza escolas, famílias e profissionais de saúde mental e reforça que prevenir a violência é responsabilidade coletiva. Ou seja, ao colocar o tema em evidência, o dia busca promover diálogos, ações educativas e estratégias que realmente transformem o cotidiano de crianças e adolescentes. Assim, garantindo ambientes mais seguros, empáticos e inclusivos.
Grupos Mais Vulneráveis
Estudantes bolsistas, meninas e jovens LGBTQIAPN+ estão entre os mais afetados. Portanto, enfrentando ambientes escolares que naturalizam a violência. Ana Carolina D’Agostini destaca:
O enfrentamento começa com o reconhecimento do problema e com a construção de uma cultura escolar que valorize o respeito e a empatia.
Neste Dia Nacional de combate ao bullying, fica a pergunta: como Famílias e Escolas Podem Combater o problema?
– Promover diálogo aberto
– Fortalecer políticas de prevenção nas escolas
– Incentivar a denúncia de casos de violência
– Capacitar educadores para identificar e agir contra o bullying
A live “Escola Segura: O Papel das Famílias e Educadores na Prevenção”, com Ana Carolina D’Agostini e o psiquiatra Gustavo Estanislau, reforçou a importância de uma ação coletiva para criar ambientes escolares mais seguros.
Bullying na Cultura e Conscientização
O tema também ganha destaque em produções como a série Adolescência (Netflix), que retrata os efeitos na vida dos jovens. Ou seja, a conscientização é o primeiro passo para transformar as escolas em espaços inclusivos e livres de violência, e séries como essas ajudam nesse processo.







