Quando foi a última vez que você perdoou alguém? O perdão costuma ser visto como um gesto nobre. Mas vai além disso. Ele também faz bem para quem pratica. E pode ser mais poderoso do que parece. A ciência mostra que perdoar fortalece a saúde mental e física.
Esse impacto positivo tem sido comprovado em diferentes estudos. Por exemplo, uma pesquisa publicada no Journal of Health Psychology revelou que pessoas mais dispostas a perdoar sofrem menos com os efeitos do estresse na saúde mental. Ainda estudos revelam que perdoar também ajuda a regular a pressão arterial e os batimentos cardíacos, além de melhorar a qualidade do sono e até mesmo contribuir para uma vida mais longa.
Como anda a sua capacidade de perdoar?
A produção de hormônios e a gestão dos sentimentos negativos que surgem após uma ofensa podem afetar o bem-estar. É natural que a reação envolva raiva, vergonha e tristeza. Porém, essas emoções tendem a diminuir quando há disposição para perdoar. Do contrário, eles podem, aos poucos, contribuir para o desenvolvimento de ansiedade ou depressão.
Há outro estudo recente focado na percepção das pessoas em relação ao perdão. Veja os resultados demonstrados:
Pessoas mais velhas estão mais dispostas a perdoar.
A maior dificuldade em perdoar acontece quando a ofensa vem de pessoas muito próximas.
A maioria dos participantes vê o perdão como uma fonte de bem-estar.
A importância de ensinar o perdão desde cedo
A ciência também indica que crianças e adolescentes tendem a ter mais dificuldade em perdoar do que os adultos. Isso acontece porque ainda estão em processo de desenvolvimento das competências socioemocionais. Por isso, o papel de cuidadores e educadores é fundamental. Eles devem orientar os mais jovens na resolução de conflitos e, ao mesmo tempo, estimular desde cedo a predisposição ao perdão.
Estudos sobre os efeitos positivos do perdão mostram que quanto maior a habilidade de perdoar, maior é a empatia. Além, disso a capacidade de perdoar também reduz os comportamentos agressivos e hostis entre colegas. Os benefícios não param por aí: ainda foram observados impactos positivos no desempenho acadêmico e no fortalecimento dos vínculos com professores, familiares e amigos.
Para apoiar o desenvolvimento dessa importante habilidade, é essencial usar abordagens adequadas à faixa etária. A seguir, confira algumas dicas para ajudar crianças e adolescentes a aprender a perdoar.
Aprendemos todos os dias
Algumas iniciativas podem facilitar o caminho para o perdão e ajudar as pessoas a vivenciarem seus benefícios para o corpo e a mente. É verdade que perdoar pode ser um processo complexo, pois envolve valores pessoais, sentimentos profundos e questões emocionais delicadas. Em casos mais graves, é natural que permaneça uma cicatriz, mesmo quando há perdão.
Ainda assim, praticá-lo é um exercício valioso. Ele contribui para uma vida mais leve, melhora a saúde emocional e pode servir de exemplo inspirador para as novas gerações. Para quem deseja trilhar esse caminho, alguns pontos de reflexão podem ajudar a tornar o perdão mais possível:
Em nome da saúde mental
Entre outras tantas competências socioemocionais, desenvolver a capacidade de perdoar é, antes de mais nada, um autocuidado. Saiba mais sobre habilidades e aprendizado socioemocional no nosso mini manual.
Se preferir, acompanhe o Videocast sobre o tema e conheça melhor essas habilidades que nos ajudam a lidar com os desafios da vida e dos relacionamentos. #amesuamente