TOC

 

 

Em participação no programa Brasil ODS do Observatório do Terceiro Setor no dia 23 de outubro de 2025, o psiquiatra Gustavo Estanislau, pesquisador do Instituto Ame Sua Mente, e a professora Carolina Capes, Ph.D. pela USP e professora pela Universidade de Rutgers, discutiram quais os aspectos cruciais do diagnóstico de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) no período da infância e da adolescência.

 

Entendendo na prática como é o TOC na infância 

Gustavo Estanislau explicou que o transtorno se caracteriza por obsessões (pensamentos invasivos) e compulsões (comportamentos repetitivos). “No TOC, a pessoa pode ter pensamentos de contaminação e desenvolver compulsões como lavar as mãos excessivamente, criando um ciclo de sofrimento”, detalhou o especialista do Instituto Ame Sua Mente durante a conversa.

Fatores genéticos e ambientais no TOC

A pesquisa da professora Carolina Capes identificou que existem algumas variantes genéticas raras associadas ao transtorno. Com herdabilidade entre 40% e 60% nos casos de início precoce. Estanislau complementou que: “Fatores ambientais como os ambientes familiares muito rígidos podem influenciar no desenvolvimento ou agravamento do transtorno obsessivo compulsivo”.

Desmistificando as possíveis causas do TOC na infância

Os especialistas alertaram sobre desinformação relacionada ao Transtorno Obssessivo-Compulsivo. “Vacinas não causam TOC, e o uso de telas pode influenciar indiretamente ao aumentar estados de ansiedade”, afirmou Estanislau, reforçando a necessidade de informações científicas precisas.

Identificação dos casos e intervenção precoce

O psiquiatra Gustavo Estanislau destacou que o TOC pediátrico é frequentemente identificado tardiamente. “Crianças com o transtorno obsessivo compulsivo geralmente chegam ao consultório quando as compulsões já são evidentes, mas as obsessões muitas vezes permanecem ocultas por vergonha”, explicou o pesquisador.

Ambos falaram sobre seus projetos de trabalho relacionados ao tema e a importância da busca pelo tratamento precoce. Como ele melhora a qualidade de vida da pessoa com TOC e de todos que convivem com ela.

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