Saúde mental no Google: o que mais buscamos?

Saúde mental no Google: o que mais buscamos?

“Nos últimos anos, a saúde mental deixou de ser um tabu silencioso e passou a ocupar espaço nas conversas do dia a dia, nas redes sociais — e até nos resultados do Google.” Esse movimento indica que, cada vez mais, as pessoas querem entender melhor o que estão sentindo.

Em 2024, por exemplo, um levantamento do Healthnews, com base no Google Trends, revelou dados relevantes.Ansiedadefoi o termo de saúde mental mais pesquisado em 43 dos 64 países analisados. Enquanto isso, em outros 15 países, o destaque ficou com oTDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

No Brasil, essa tendência se repete. Entre os temas de saúde mais buscados pelos brasileiros, destacam-se ansiedade,depressão, burnout e TDAH. Além disso, as dúvidas mais recorrentes envolvem sintomas, diagnósticos, possibilidades de tratamento e estratégias para lidar com crises emocionais.

Assim, ao observar o comportamento de busca, fica evidente um interesse crescente por informações confiáveis sobre saúde mental. Nesse sentido, entender o que leva tantas pessoas a procurar ajuda pode ser o primeiro passo para promover cuidado, acolhimento e acesso ao tratamento.

Saúde mental no Google: quais são as maiores dúvidas?

O crescimento das buscas sobre saúde mental no Google mostra que mais pessoas querem entender o que sentem, buscar apoio e acolher quem enfrenta dificuldades emocionais. Isso é um sinal importante: estamos começando a nos importar com algo que, por muito tempo, a sociedade ignorou.

Entre as perguntas mais frequentes, destacam-se:

  • Ansiedade e crises: Como reconhecer os sintomas? O que fazer durante uma crise? Quais são os tipos de tratamento disponíveis?

  • Autocuidado e prevenção: Como lidar com o estresse? De que forma manter o bem-estar emocional? Quando é hora de buscar ajuda?

  • Transtornos específicos: O que é TOC, bipolaridade ou TEPT? Qual a diferença entre estresse e ansiedade?

  • Acesso ao cuidado: Quem procurar — psiquiatra ou psicólogo? Como é feito o diagnóstico? Existe tratamento gratuito?

 

Por que ainda é difícil falar sobre transtornos mentais?

Apesar dos avanços nas conversas sobre o tema, o estigma em torno da saúde mental ainda é forte. Frases como “Isso é frescura”, “Você consegue superar tudo isso se tentar”, “Tente pensar em outra coisa” ou “Você tem tudo, por que está triste?” continuam sendo ditas — mesmo que, muitas vezes, sem a intenção de machucar.

No entanto, esse tipo de resposta silencia, minimiza e invalida o sofrimento de quem está vulnerável. Além disso, esse discurso pode provocar culpa e vergonha, dificultando ainda mais o pedido de ajuda — justamente quando isso é mais necessário. Com o tempo, o sofrimento pode se intensificar e comprometer o bem-estar de forma mais profunda.

 

O que podemos fazer para mudar essa realidade?

Falar sobre saúde mental já é um bom começo. Entretanto, transformar essa consciência em prática exige atitudes cotidianas e comprometidas. A seguir, veja alguns caminhos possíveis:

1. Incentive a igualdade entre doenças físicas e mentais

Transtornos mentais não indicam fraqueza. Pelo contrário, são condições reais, que exigem tratamento, atenção e acolhimento. Assim como ninguém é culpado por ter diabetes ou hipertensão, também não deveríamos julgar quem enfrenta uma depressão.

Portanto, uma das formas mais eficazes de combater o preconceito é tratar doenças físicas e mentais com a mesma seriedade. Quando mostramos que a saúde é uma só — integrando corpo e mente —, as falas estigmatizantes tendem a perder força.

 2. Busque informação confiável

Na dúvida, priorize fontes seguras e profissionais especializados. A internet está cheia de mitos e conselhos genéricos que podem até piorar a situação. Por isso, informação de qualidade faz toda a diferença — e pode até salvar vidas.

3. Cuide de si com gentileza

Muitas vezes, o preconceito começa dentro de nós. Frequentemente, nos cobramos demais, sentimos culpa ou acreditamos que “dar conta de tudo” é uma obrigação. No entanto, não é assim que funciona.

Sentir medo, tristeza, cansaço ou ansiedade faz parte da vida — e, por isso, está tudo bem. Além do mais, reconhecer as próprias fragilidades, pedir ajuda e buscar apoio não são sinais de fracasso, mas sim de força e coragem.

Por outro lado, o cuidado com transtornos mentais exige constância, paciência e, muitas vezes, tempo. Em alguns casos, os efeitos do tratamento demoram mais do que gostaríamos. Ainda assim, é importante insistir: mesmo pequenos avanços, quando somados, podem gerar grandes transformações.

Portanto, seja gentil com você. Cultivar o autocuidado e respeitar o seu ritmo são passos fundamentais para o bem-estar emocional.

4. Ofereça escuta e acolhimento

Se alguém decidir confiar em você e compartilhar seu sofrimento, escute com atenção. Evite julgar ou interromper. Muitas vezes, a melhor forma de ajudar é simplesmente estar presente — com empatia e disponibilidade.

 

5. Reforce que buscar ajuda é sinal de força, não de fraqueza.

Psicoterapia, medicação e autocuidado são ferramentas legítimas e eficazes no tratamento de transtornos mentais. Por isso, acolher, buscar orientação, conversar e se informar são atitudes que podem, de fato, transformar vidas. Afinal, essa mudança começa dentro de cada um de nós — e se reflete no coletivo.

Falar sobre saúde mental muda tudo

A saúde mental é parte essencial da nossa existência. Em outras palavras, ela impacta diretamente nossas relações, nosso sono, nosso trabalho e até nossa forma de enxergar o mundo. Por essa razão, cuidar da mente é cuidar da vida como um todo. Para começar, escute com atenção. Em seguida, informe-se. E, quando for necessário, não hesite em buscar ajuda profissional.

Em síntese, promover a saúde mental é um gesto de empatia, coragem e responsabilidade.
No fim das contas, a sua mente agradece.

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